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📌 Desafios de gestão financeira #byGranatum
Atualmente, eu uso o Stripe nos meus Micro-SaaS e, um dos maiores desafios está no fato de que ele não mostra efetivamente quanto vai entrar mês a mês no meu caixa, tampouco cobra por PIX.
Achei um sistema que resolveu meus dois problemas de forma simples. Consigo conciliar, de forma automática, meu banco para bater meu fluxo de caixa, fazer provisionamento, e criar cobranças recorrentes para clientes de PIX.
🧠 Reflexão: Investidores anjos modernos
Às vezes, os fundadores têm negócios lucrativos, mas, não tão lucrativos – e precisam de investimento para aumentar vendas, marketing ou produto.
Mas, por que não existe a opção de pegar R$ 100K de um anjo, com um plano de devolver R$ 200K, ao invés de ceder equity? Nem todo negócio é mega lucrativo ou cresce 50% ao mês, embora seja um negócio rentável.
A cultura gira em torno de sempre “mirar na lua”. E nem sempre isso faz sentido.
Nem todos os negócios são iguais. Nem todo founder está construindo o próximo unicórnio. Nem todo mundo quer esse caminho.
Me parece que precisamos de mais opções para ajudar quem tem um bom negócio, e não quer vender uma parte dele.
A síndrome dos objetos brilhantes
Nesta semana, um aluno do meu grupo Micro-SaaS PRO me ligou, e disse o seguinte:
“Fui em um evento do Sebrae expor o nosso Micro-SaaS, e foi uma experiência incrível!
Centenas de pessoas vieram conhecer o nosso projeto.
Várias delas queriam fazer parcerias. Outras, pediram uma versão white label e, inclusive, vários investidores demonstraram estar interessados em saber mais.
Mas, agora, estou perdido. O que devo fazer?”
Clássico sintoma pós-evento de empreendedorismo.
Esses eventos são muito legais para os empreendedores, porque trazem bastante prática de pitch, networking e possíveis clientes. Mas, é claro, sempre há um porém: esses eventos trazem muitas “oportunidades” de negócios que, às vezes, podem confundir os empreendedores.
Essas oportunidades, no início dos nossos negócios, nos deixam malucos. Nos fazem sonhar com as infinitas possibilidades de crescimento. Já passei por isso milhões de vezes.
Tendemos a achar que, se acertarmos a parceria estratégica, ou falarmos com o investidor certo, nosso negócio pode mudar da noite para o dia.
Chamamos essas situações de síndrome dos objetos brilhantes (ou, shiny object syndrome). E, raramente, são oportunidades que vão te ajudar a chegar no seu destino.
O que acontece em 99,9% das vezes é você perder o foco do que realmente importa no seu negócio, que, no fim do dia, resume-se em vendas e marketing.
Os perigos das oportunidades mascaradas
O desafio de uma oportunidade mascarada constitui no fato de que nunca vamos descobrir o que está por trás dela, se não abrirmos essa porta.
Mas, normalmente, essas portas te levam a:
Perder o foco do que está fazendo atualmente;
Investir recursos errados, como tempo, dinheiro ou energia;
Criar confusão de direção da sua equipe. O impacto vem no médio prazo;
Ficar mais estressado com múltiplas iniciativas;
Correr o risco de trazer clientes ruins - empresas e parceiros que “querem tudo”, mas, acabam não oferecendo nada em troca.
“E se for a oportunidade que vai mudar a nossa vida?”
Já me ocorreu esse pensamento várias vezes.
Como produtor de conteúdo e dono de uma comunidade, o que eu mais recebo são convites de parcerias de todos tipos.
No começo, eu achava incrível o fato de poder ter tantos negócios para trabalhar e participar, mas, com o tempo, comecei a ver que essas oportunidades não estavam me levando para onde eu gostaria de estar e, além disso, não estavam trazendo o retorno financeiro que almejei.
Aprendi, com o tempo, que a maioria dos objetos brilhantes tiram o foco do nosso negócio e, por mais promissora que a oportunidade seja, você acaba por priorizar tarefas e projetos externos em vez de estar fazendo experimentos de marketing e testando canais.
Com o tempo, você começa a ficar cansado e, quando percebe, está perdido, sem saber se vai para a direita ou para a esquerda com a sua empresa. Esses objetos brilhantes, na maioria das vezes, só servem para confundir os empreendedores.
Já estive aí…
Uma reflexão de filtro de objetos brilhantes
Algumas reflexões que você pode fazer quando encontrar “objetos brilhantes” na sua frente:
Esta parceria/Este cliente vai demandar quanto de esforço nos próximos 30 dias? E nos próximos 90 dias? E qual é o retorno disso?
Esforço vs Retorno;Qual vai ser o impacto de tempo/financeiro que eu vou precisar investir? Eu tenho esse tempo ou dinheiro disponível hoje?
Disponibilidade de agenda e caixa;É possível fazer uma pré-validação da parceria de forma rápida e barata? Ex.: O parceiro tem interesse em white label. Ele está disposto a pagar adiantado?
Pré-venda;Seu parceiro/cliente vai entrar com dinheiro à frente? Qual é o risco para ele?
Sem risco financeiro, o projeto tende a ser menos prioritário;O investidor tem experiência? Já investiu em negócios do mesmo mercado antes? O que ele espera do negócio? Qual é o objetivo no curto e no longo prazo? Qual é o perfil de negócio ideal que ele busca?
Essas conversas podem ser feitas, na maioria das vezes, de forma assíncrona, pelo WhatsApp.
Essas são algumas perguntas que você pode utilizar para conhecer seus investidores.Essa parceria vai exigir que você desenvolva alguma funcionalidade ou mexa no core do seu produto?
Mudar o core do negócio vai alterar completamente o seu processo de validação e go to market.Quais são as expectativas de retorno no curto e no médio prazo?
O que é sucesso para ambas as partes? Como medir esse sucesso?Tem cliente grande pedindo alterações no produto? Ele vai pagar por elas? Essa demanda pode ser reaproveitada para outros clientes?
Nunca faça POC (prova de conceito) gratuitas para grandes empresas.Recebeu um convite de sociedade e já tem um negócio rodando? Pergunte a você mesmo: este sócio vai investir dinheiro ou aquisição de clientes?
Se o retorno não for tangível, como você vai mensurar o sucesso da sociedade?
Essas são algumas reflexões que sugiro fazer antes de pensar em mergulhar de cabeça na próxima parceria.
Se tiver alguma outra sugestão de reflexão, deixe nos comentários.
É preciso entender que o seu negócio não vale nada se ele não estiver faturando. Então, o mais importante sempre vai ser dinheiro em caixa. Nunca esqueça disso.
Como eu filtro as oportunidades em meus negócios
Eu tenho muito claro para mim o que pretendo construir dentro da minha estrutura. Já falei sobre isso algumas vezes e, inclusive, tenho um artigo e um video sobre o tema.
Em todos os projetos em que trabalho ou invisto, procuro conectar com a minha estrutura como um todo. Para mim, são sempre 3 filtros:
Consigo gerar receita no curto prazo;
Ajuda as pessoas a lançarem negócios mais rápidos e melhores;
Consigo vender este projeto/investir através do meu networking.
Então, funciona mais ou menos assim para cada categoria de produto:
Infoproduto
Se for um infoproduto e eu conseguir colocar para vender para a minha audiência, e o produto de fato gerar valor para as pessoas, a decisão é fácil, porque não muda muita coisa na minha estrutura como um todo.
Micro-SaaS
Se for um Micro-SaaS, eu busco entender se consigo distribui-lo junto a minha audiência, no meu networking, ou se posso agregar de alguma forma como mentor, mas, sempre de forma assíncrona, por WhatsApp - e, claro, analiso se esse projeto gera receita no curto prazo.
Parceria de cross-sell
Se o projeto ou parceria pode gera valor para meus alunos/clientes, e eu consigo aumentar a proposta de valor (e percepção dela) com pouco ou quase nenhum esforço, eu busco criar um modelo de compartilhamento de receita (revenue share) com o empreendedor.
Por exemplo, eu investi recentemente na Scalable pela sua ferramenta de Analytics, que permitem que qualquer SaaS que use Stripe ou AsaaS (novas integrações a caminho) vejam suas métricas reais, em tempo real.
Esse investimento gera valor para os empreendedores da comunidade e, ao mesmo tempo, consigo distribuí-lo em minha rede, e pegar uma parte da receita gerada.
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Investimento Intelectual (advisor/conselheiro)
Caso o projeto não tenha perspectiva de geração de receita, eu, normalmente, dou sugestões de alguns caminhos para o empreendedor, e ele vai atrás das próprias respostas. Acredito muito que, nessa etapa, os empreendedores precisam passar pelo processo de descobrir as perguntas e respostas certas para o negócio. Só assim vão construir suas empresas.
Costumo fazer esses acompanhamentos de forma assíncrona, pelo WhatsApp, e ter reunião entre 1 ou 2x por mês - no máximo.
Contudo, ultimamente tenho evitado esse tipo de parceria, por fugir um pouco da minha tese, que trouxe acima. Mas, faço ainda algumas, porque volta e meia surgem founders que me surpreendem.
Quando pego muitos objetos brilhantes
Volta e meia, quando percebo, estou atolado de novos projetos, mais uma vez. Talvez, isso aconteça por conta da minha paixão por ajudar outros empreendedores, ou simplesmente por conta do meu TDAH, que vive me jogando em decisões impulsivas.
Mas, a realidade é que agora tenho um time com quem posso sentar e alinhar as prioridades. E isso tem me ajudado muito.
Todo mês, analisamos o que é prioridade e qual são os projetos que valem nosso esforço vs retorno financeiro. Dependendo do parceiro e do projeto, escolho um dos dois caminhos: ou removo um projeto que estou executando imediatamente da minha agenda, por exemplo, deixo o meu Micro-SaaS com menos urgência nas atividades, ou eu jogo o projeto do parceiro para 2-3 meses à frente, se ele puder esperar.
Eu categorizo os projetos e as conversas de cada um usando uma simples extensão do Arc browser. Separo um pequeno período da agenda para me dedicar a acompanhar esse projetos a cada x dias.
Por isso, às vezes, quando caímos nesse loop de projetos e iniciativas, faz sentido dar um passo atrás e olhar novamente os filtros, para entender qual é o seu momento: investir ou colher investimento. No meu caso, meu momento é de colher investimento.
Conclusão
Cuidado com os objetos brilhantes, as parcerias mágicas, os produtos que vão mudar o mundo, ou o investidor fantasma. Tudo isso, no fim do dia, pode tirar seu foco, que é construir seu negócio e fazer caixa.
Se você já tem um projeto faturando, foque em crescer faturando. Se a parceria não trouxer faturamento ou previsibilidade de faturamento, eu não acho que faz sentido olhar para os lados.
Se você não tem um projeto, ainda, foque em projetos em que você consiga trabalhar e gerar receita no curto prazo. Apostar no incerto, com parcerias incertas, só aumenta seu risco de perder o foco, e pode acabar fazendo com que você caia no loop de trabalhar em mil coisas diferentes, se afundando em ansiedade e frustração.
Obrigado por ler até aqui :)
Passei pela síndrome sem nem saber. E claramente me senti exatamente como o descrito, gastando mais energia em possibilidades futuras do que desenvolver melhor meu produto! Valeu por compartilhar