O que eu aprendi construindo audiência, Micro-SaaS e uma comunidade
E um pouco sobre minha visão de longo prazo
👋🏼 Bom te ver por aqui novamente :)
→ Novo neste mundo de Micro-SaaS? Fiz esta playlist para você.
→ Tem uma ideia e não sabe por onde começar? Conheça meu curso gratuito.
→ Veja +1.000 Micro-SaaS: Acessar diretório.
→ Junte-se a +6.000 empreendedores construindo Micro-SaaS.
🚀 Micro-SaaS em destaque: Cyan Stats por Rogério Taques- uma alternativa ao Google Analytics compatível com GDPR e super fácil de usar e entender!
O que é ser produtivo?
Andei pensando sobre isso e concluí que produtividade não está relacionada à ferramenta que usamos ou à agenda colorida que preenchemos com atividades durante o dia.
A produtividade está ligada a como nos sentimos no final do dia, sabendo que realizamos o que era mais importante, independentemente de ser uma ou dez tarefas.
Às vezes, pensamos que produtividade significa concluir uma grande quantidade de tarefas ou passar várias horas trabalhando. No entanto, por exemplo, produzir conteúdo não depende da quantidade de tarefas realizadas ou das horas trabalhadas. Será que, se eu passar o dia inteiro escrevendo um artigo, posso me considerar produtivo ao final do dia?
O que quero dizer é que não devemos nos sentir culpados por tirar uma segunda-feira para ir ao parque e colocar nossos pensamentos em ordem, mesmo que não estejamos riscando tarefas da nossa To-do list.
O que eu aprendi construindo audiência, Micro-SaaS e uma comunidade
Fala turma!
Chegou, finalmente, o últimos mês do ano, e por isso já vamos começando a organizar as festas de fim de ano, e refletindo sobre quão rápido 2023 passou. Também já começamos a sonhar com 2024.
Pensando em ecossistema, este ano foi um marco histórico para o termo Micro-SaaS no Brasil. O termo começou a ficar cada vez mais conhecido, e há cada vez mais pessoas sonhando com a possibilidade de construir um side project para construir novas fontes de renda.
Primeiro Diretório de Micro-SaaS do Brasil
Já falei isso em outro momento, mas reforço, nesta reflexão, que temos +1.000 projetos lançados na Comunidade. Desses, tenho +400 mapeados e verificados, que estão à disposição no diretório.
Que incrível ver tantos projetos nascendo, não?
No artigo de hoje, quero trazer um pouco da minha perspectiva sobre como foi educar e construir um ecossistema do zero, ser sócio de 3 Micro-SaaS, sócio de uma Startup, gerenciar uma comunidade privada com +300 alunos, produzir conteúdo, e ainda ser pai de 2.
Minhas 3 prioridades do momento
Meu maior foco sempre será produzir um conteúdo de qualidade.
Quando comecei minha newsletter e meu canal no YouTube, prometi que não buscaria aumentar desesperadamente a quantidade de seguidores, mas fazer um trampo com qualidade e carinho.
Atualmente, tenho focado energia em 3 grandes projetos:
Produzir conteúdo + audiência;
Gerar valor para minha comunidade privada de assinantes;
Growth do MyGroupMetrics (MGM).
Como é minha rotina
O desafio de produzir um conteúdo de qualidade é que você precisa estar estudando constantemente, e aprendendo e ligando os pontos desses aprendizados com suas experiências de vida.
Esse conteúdo tem uma responsabilidade enorme por ser a porta de entrada para muitos empreendedores que querem embarcar nessa jornada de construir um Micro-SaaS.
Naturalmente, o segundo passo acaba sendo a Comunidade de Micro-SaaS que se tornou um ambiente que ajuda, inspira e gera negócios.
Em média, por semana, eu trabalho da seguinte forma:
Comunidade: 15 horas por semana na gestão de Comunidade, sendo 10 horas na manutenção da Comunidade Privada (e do grupo do Whatsapp);
MGM: 3 a 5 horas por semana no MyGroupMetrics, entre agendar reuniões comerciais, tirar dúvidas dos membros, desenhar e validar experimentos;
Conteúdo: 7 a 9 horas por semana na produção de conteúdo. A parte que mais toma tempo acaba sendo a criativa, que envolve sentar e transformar pensamentos em palavras.
Tenho outras atividades que tomam muito tempo, mas são irrelevantes nessa lista, tais como fazer networking, conversar com os seguidores nas redes sociais, desenhar projetos, montar aulas, prospectar parceiros estratégicos, e montar uma equipe de fornecedores de qualidade.
Sobre a Comunidade de Micro-SaaS
A Comunidade de Micro-SaaS é o coração do que eu acredito - construir um ambiente pró-empreendedor - e tem sido, desde o primeiro dia, minha prioridade.
O desafio de começar um movimento do zero é guiar as pessoas para gerar valor durante a jornada de construção do primeiro Micro-SaaS. O ecossistema tem esse papel muito claro.
Essa geração de valor acontece desde o primeiro momento na Comunidade, das seguintes formas:
Quando se tem a oportunidade de se apresentar e interagir com outros membros;
Quando se explora as áreas da comunidade e conhece outros empreendedores e projetos;
Quando toma a decisão de tentar validar sua primeira ideia;
Quando se faz negócios, parcerias ou ganha dinheiro com outros membros.
Essas experiências geram oportunidades que beneficiam a todos mutuamente, e permitem surgirem novos projetos. Esse é o famoso “A-ha moment” da comunidade.
E com essa jornada construída, acredito que o foco agora seja em escalar o volume de membros e aumentar a geração de valor, ou seja, crescer audiência.
Sobre a produção de conteúdo
Já tentei de várias formas produzir conteúdo. Nos finais de semana, de dia, de noite, trabalhando em um café, em casa, mas o negócio é que eu entendi que para produzir conteúdo eu preciso sentar e focar, sem nenhuma distração.
Segunda-feira é meu dia de produção de conteúdo
Costumo tirar 1 hora para organizar minha agenda da semana e resolver algumas pendências. De manhã, durante 2 horas de foco em construir um artigo com uma estrutura sólida para o artigo final.
No período da tarde, costumo separar mais 2 horas de foco para produzir os roteiros dos meus vídeos do Youtube e organizar os posts da semana nas redes sociais - em coordenação com a Samantha, que me ajuda com todas as redes.
O desafio da mudança de mindset
Como eu venho do mundo das Startups, estou muito acostumado com execução - sair quebrando paredes e construindo empresas. O desafio de ser um creator, agora, é ter um espaço na agenda para criar - algo que não existia na minha rotina antes.
As horas que invisto na Comunidade me trazem muitos insights de conteúdo, com isso, jogo essas ideias no Google Keep, de forma simples e rápida.
Deixo as ideias amadurecendo, e volta e meia eu sento e dou uma limpada no backlog de notas. Entendo o que faz sentido, e quanto ao que não faz sentido tanto sei que foi só um hype momentâneo. As vezes, jogo essas ideias no grupo do Whatsapp para pegar feedbacks antes de construir algo.
Em seguida, passo as ideias para o Craft - ferramenta que uso para produzir conteúdo - e faço um esqueleto em bullet points sobre o conteúdo do artigo.
A partir daí, toda segunda-feira escolho um tema e dedico um tempo para construir o artigo. Com bastante frequência, tenho ideias de conteúdo que não estão na lista e resolvo fazer um artigo com elas.
Uma vez postado, o conteúdo é quebrado em vários pedaços de arte para diferentes redes sociais. Por exemplo, carrossel no Instagram.
Uma coisa que aprendi com a vida é evitar colocar todos os ovos em uma cesta
E com os canais de distribuição não é diferente.
Acredito que quanto antes eu pulverizar a distribuição de conteúdo em diferentes canais, no longo prazo, isso pode me beneficiar. Dá muito trabalho, isso é indiscutível, mas, no longo prazo, compensa.
Mas, só recomendo fazer isso em várias redes se você estiver na fase de escala, porque se você ainda não tem clareza do seu público-alvo ou uma metodologia de construção de conteúdo, pode acabar ficando sobrecarregado. Não é fácil crescer uma rede social, então, imagine 4 ou 5 ao mesmo tempo?
Reflexão honesta
Se eu pudesse voltar 5 anos atrás no tempo, uma coisa que eu faria sem pensar teria sido começar a produzir conteúdo mais cedo. Essa foi, de longe, uma das decisões mais importantes que tomei.
Vivemos em uma era digital, e ser escutado e visto digitalmente é muito importante para expandir as oportunidades e gerar valor para mais pessoas.
Condensando conteúdo e construindo um Framework
Produzir conteúdo é muito bacana, mas como transformar este conteúdo em algo condensado e em guia prático para os empreendedores seguirem?
Ai que me ocorreu a ideia de montar meu primeiro infoproduto: A Escola de Micro-SaaS
Passei 5 meses construindo meu curso online. Foram 2 meses de estudo, e 3 meses rodando 2 turmas como MVP com 55 alunos no total. E agora, finalmente tenho ele gravado.
Foi uma experiência muito importante e um divisor de águas em minha carreira, pois, finalmente, consegui transcrever o que venho pregando há meses através de um conteúdo passo a passo prático. E, com isso, acredito que isso me torna, então, um infoprodutor :)
A geração de receita deste produto faz parte de um pilar importante dos meus planos. Vou te contar mais adiante.
Sobre meu canal no YouTube
Começar um canal no YouTube aconteceu muito devido ao apoio do meu amigo Renato Asse, que vivia me incentivando. E bom, demorei quase 1 ano desde que comecei a produzir conteúdo para começar a gravar e, admito, foi uma das melhores coisas que já fiz.
O engajamento do YouTube é muito alto, e as pessoas gostam muito de assistir meus conteúdos.
O alcance é muito maior do que o da minha newsletter, e também percebi que tenho ali outro público.
Aprender a escrever é uma habilidade indispensável
Sinceramente, passar 2 anos escrevendo semanalmente mudou minha vida, e acabei desenvolvendo habilidades que nunca imaginei possuir. E o fato de conseguir transcrever ideias em textos e crescer uma comunidade em torno de um e-mail era algo inimaginável alguns anos atrás.
O segredo é você sempre construir um conteúdo de qualidade alinhado a um bom storytelling,
Gravar conteúdo também é uma arte
Neste 1 ano como YouTuber, acabei desenvolvendo um amor muito grande pela gravação. Recentemente, aluguei uma sala, e estou no processo de construir meu studio de produção de conteúdo! 🥳
Costumo gravar meus vídeos sempre 1 semana antes de postar e, em seguida, envio para uma pessoa que me ajuda na edição. Tento manter uma cadência de postagem semanal.
Framework de escala de conteúdo
Agora que tenho um produto feito, posso pensar na escala. E para isso, acabei desenvolvendo um framework bem simples.
Resumidamente, um artigo acaba virando várias peças de conteúdo que uso para distribuir, junto a Samantha, em minhas redes sociais.
O maior desafio? Interagir com os membros em diversas redes sociais.
Nada adianta eu ficar postando conteúdo todos os dias sem interagir com minha audiência. O desafio é criar essas interações em diversos canais com dezenas de pessoas. Not easy.
Em média converso com 40 a 50 pessoas por dia! 👀
Sobre o MGM
Nosso Micro-SaaS, junto com o André Prado, tem tido uma jornada feliz. Na prática, fizemos +15 exercícios no projeto (todos registrados para os alunos do curso testarem em seus projetos), e conseguimos criar um projeto que dá prazer em ver crescer.
O projeto está faturando R$ 2.5k na data de hoje e, até o momento, o crescimento tem sido 100% orgânico. Passamos os últimos meses fazendo vários pequenos experimentos para descobrir mais informações do nosso público antes de sair dando tiro para qualquer lado.
Esses experimentos fizeram o que eu acredito ser a coisa mais importante para um Micro-SaaS de sucesso:
Encontramos com clareza um norte de público-alvo (infoprodutores e comunidades pagas);
Encontramos nossa proposta de valor (+engajamento e data analytics para os donos dos grupos tomarem melhores decisões);
Definimos os canais de distribuição (afiliados, ads, parceria estratégica, e orgânico através do buildinpublic);
Descobrimos como ganhar dinheiro, ou seja, como e quanto cobrar das pessoas - nosso modelo de negócio.
Com essas informações, criamos nosso onboarding, trouxemos early-users e, agora, melhoramos nossa retenção (como vocês pode ver no experimento acima).
Parece muita coisa, mas, não é. É tudo uma questão de organização, tempo e dedicação. Eis alguns aprendizados importantes:
Tempo vs Expectativa: Se você acha que fazer e validar um Micro-SaaS é rápido, pense duas vezes. Em nosso projeto, por mais simples que fosse, demoramos um bocado para descobrir quem era o real público-alvo, qual era nossa proposta de valor, e quais seriam as “core features” que ajudariam essas pessoas a não darem churn na ferramenta;
O mais importante é retenção: de nada adianta você sair de R$ 0 para R$ 10k de MRR (faturamento mensal) se tem um churn (cancelamento) de 8-10% ao mês.;
Descobrir quais são as core features: em nosso projeto, o MVP foi feito em cima de um bot que resume conversas de Whatsapp. Como descobrir quem era o público-alvo e quais seriam as principais funcionalidades baseado em suas dores? É um baita desafio descobrir. Essa etapa toma um tempo e, por isso, sempre digo que quanto mais nichado o projeto for, melhor.
Importância de mapear o público-alvo e a dor: quando lançamos o MGM por conta de eu já ter audiência, houve um alto pico de compra, mas o churn também disparou. Isso aconteceu por 2 motivos - o público-alvo não estava correto, e o “a-ha moment” das pessoas não estava rendondo. Elas não encontraram o valor de forma rápida, e acabaram dando churn. Esse processo demorou para ser azeitado e precisou de muita entrevista e análise.
Fazer build in public foi um divisor de águas, e recomendo demais para quem está começando um projeto. É uma forma de produzir um conteúdo de valor, e ao mesmo tempo documentar a jornada, crescer a audiência e gerar vendas orgânicas.
Várias outras lições aprendidas no meu canal.
Centro de Serviço Compartilhado
Enfim, para colar todas as peças e fazer essa máquina girar, tenho uma rede de apoio gigantesca. Essa rede vai desde fornecedores, investidores, mentores, executivos, infoprodutores, e assim por diante.
De forma resumida, o CSC é dividido em 2 formas:
O intelectual;
O operacional.
O intelectual são as pessoas que eu movimento no meu networking no dia a dia. São pessoas com quem estou aprendendo alguma coisa, trocando favores e construindo pontes.
O operacional são fornecedores e prestadores de serviço que me ajudam a rodar toda a estrutura. Hoje, tenho vários fornecedores, e não é um desafio tão simples montar uma rede sólida. Entre eles, tenho ajuda com as seguintes tarefas:
Redes sociais;
Edição de vídeo;
Gestão da comunidade;
Produção de conteúdo;
Automações;
Landing pages;
Revisão e copy;
SEO e Ads;
Desenvolvimento de apps e ferramentas.
E assim por diante. É um desafio fazer a gestão de tantos fornecedores, mas, quando você consegue montar um processo que funciona (e isso toma tempo e dinheiro), é possível escalar todos os projetos simultaneamente, sejam eles conteúdo, produtos ou construção de audiência.
Isso é certo? Funciona no longo prazo? Só o tempo dirá, mas uma coisa é certa: não pretendo ter funcionários. Quero terceirizar o máximo que eu posso e ficar só com o essencial dentro de casa. Já tive uma boa experiência construindo e treinamento times, agora quero ter uma experiência mais solo.
E por fim, onde quero chegar com tudo isso?
Meu sonho é viver de renda dos meus Micro-SaaS, e ter tempo livre para poder fazer o que eu mais amo, que é ficar com a minha família, viajar e produzir conteúdo.
Escalar o conteúdo
Minha meta é ter 3 dias por semana para a produção de conteúdo. Estou feliz com 1 dia de trabalho, mas, ainda sinto falta de ter mais tempo, principalmente para a gravação das minhas aulas.
Eu também amo estar presente na Comunidade, e quero continuar fazendo isso pelos próximos anos da minha vida. Construir uma comunidade é algo incrível e aprendo muito todos os dias.
Outra coisa que me faz levantar da cama ao acordar é poder continuar ajudando e fomentando o empreendedorismo em escala.
Isso é muito foda, e eu acredito demais nesse propósito.
One man Business
Minhas inspirações atuais são Dan Koe, Justin Welsh e Simon Høiberg (maior inspiração no momento), entre outros que admiro e aprendo muito.
Essa nova categoria de empreendedor, conhecida como One man business, é algo que eu almejo conquistar no meu futuro, entretanto, minha meta é ter minha principal fonte de renda vinda dos meus SaaS, e não exclusivamente de conteúdo.
A minha visão de longo prazo é construir uma Comunidade auto-sustentável, enquanto à Comunidade Privada vai se tornar um ecossistema com vários micro-serviços que vão beneficiar os empreendedores a lançarem e escalarem projetos mais rápido.
No futuro, pretendo ter um veículo de investimento dedicado para Micro-SaaS, além de continuar fazendo parcerias e sociedades com outros fundadores, para que eles possam se beneficiar da minha estrutura do CSC + audiência + conhecimento + networking, ou aporte financeiro em troca de equity.
Meu objetivo é ter um portfólio de Micro-SaaS e pulverizar minha fonte de receita em várias pequenas apostas.
Esse é um pouco do meu mundo, por trás dos bastidores.
Obrigado por ler até aqui :)