Pensa em empreender com SaaS em 2025?
13 dicas práticas para você errar menos.
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Na edição de hoje trago 13 insights sobre SaaS que todo empreendedor que pensa em montar um software precisa saber. São lições que aprendi com amigos ou em meus próprios negócios, que considero fundamentais.
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Sabia que existe um caminho muito mais simples do que começar o seu Micro-SaaS do zero?
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Pensa em empreender com SaaS em 2025? 13 dicas práticas
Esses dias em um podcast me perguntaram quais eram as principais dicas práticas que eu daria para quem estivesse empreendedor com SaaS.
Esse insight me rendeu o artigo de hoje. Trago 13 dicas práticas que aprendi empreendendo com SaaS praticamente minha carreira inteira.
1. Esqueça trial grátis. Cobre desde o dia 1.
Vou ser direto: grátis atrai curioso, pago traz cliente.
Quando você oferece trial grátis, sua base enche de gente testando “só pra ver”. Entram, clicam em tudo, não entendem nada, e somem. Seu suporte fica lotado, seu onboarding vira caos, e no final do mês você converte 2%.
Já quando você cobra desde o primeiro dia - mesmo que seja R$ 1 - a pessoa que entra está comprometida. Ela quer que funcione. Ela vai fazer dar certo. E se tiver dúvida, ela vai te mandar mensagem de verdade, não só abandonar.
A única exceção: Se você está no PLG (Product-Led Growth) clássico que você consegue gerar valor de graça, e esse valor pode fazer sua ferramenta viralizar (ex: powered by ou convidar a equipe para a ferramenta funcionar), aí faz sentido. Mas para os outros 90% dos SaaS brasileiros? Cobre desde o 1º dia.
Dica 2: Se estiver com dúvida se não cobrar ou não, então peça o cartão de crédito da pessoa antes dela entrar o free trial. É uma forma de medir comprometimento sem cobrar desde o primeiro dia e limpar seu funil.
2. Seu MVP deve ter só o essencial. O resto é ego.
Cara, a quantidade de founder que passa 8 meses construindo um produto “completo” antes de lançar é assustador. Sério mesmo.
O mercado está mudando, a concorrência está lançando, e você continua adicionando “só mais essa funcionalidade” para o produto ficar “pronto” para lançar.
A dica que eu te dou é a seguinte: MVP só precisa resolver uma ou duas coisas muito bem. Lança. Aprende. Melhora.
Aquela dashboard linda com 47 gráficos? Ego.
Aquele sistema de permissões ultra-granular? Ego.
Integração com 12 ferramentas no dia 1? Ego puro.
3. Retenção > aquisição. 70% da sua receita vem de quem já está dentro.
Essa é matemática pura, mas quase ninguém presta atenção.
Se você tem 10% de churn mensal (comum em SaaS B2C), significa que em 6 meses você perdeu 47% da sua base. Quase metade. Você está correndo numa esteira.
Reduz esse churn pra 5%, e você perde apenas 26% no mesmo período. Matematicamente, você precisa da metade do esforço em aquisição pra manter o mesmo MRR. E o melhor: cliente antigo paga melhor, reclama menos, e indica mais.
Então antes de gastar R$ 10k em ads ou contratar growth hacker, pergunta: por que as pessoas estão cancelando? Crie estratégias de retenção. Descubra o motivo do churn e estanque o sangramento o máximo que puder.
4. Depois do lançamento, 90% é marketing e 10% é produto
Lançou seu MVP? Parabéns! :)
Agora esquece melhorar o produto, e se foca em vender. Criar conteúdo. Mandar DM. Fazer parcerias.
Não adianta ter o produto bom que ninguém conhece. Não vale nada.
Tanto faz a stack ou se o código está “feio” por dentro por alguns meses (desde que funcione, claro). O foco é gerar demanda, todos os dias, se não você vai MORRER.
Então sempre que pensar em melhorar seu produto, inverte a prioridade: dedique 90% do tempo fazendo barulho, 10% melhorando produto. Quando tiver tração real, aí sim você contrata dev pra otimizar enquanto você continua vendendo.
5. Use seu próprio SaaS todo santo dia. Seja seu próprio cliente.
Se você não usa seu próprio produto diariamente, você está construindo no escuro. Você precisa entender com profundidade o seu produto e a dor que ele resolve.
Não tem desculpa de “ah, mas eu não sou o público-alvo”. Se você não está usando seu produto todo santo dia, você não tem uma visão real de como seus clientes estão se sentindo ao usar sua ferramenta.
Founder que usa o próprio SaaS todo dia enxerga bugs antes do cliente reclamar. Sente na pele o que tá ruim na UX. Percebe onde o onboarding trava. Identifica qual feature é inútil.
Um exemplo disso é o Rodrigo, da Vencefy. Uma ferramenta de prospecção para o Linkedin. Ele validou sua ideia usando a própria ferramenta para vender.
Além disso, usar a ferramenta te da propriedade para você entender de fato o que está vendendo (spoiler: não é funcionalidade).
6. Landing page minimalista, rápida e que a pessoa entenda o que você faz em 3 segundos
Ninguém tem paciência em 2025.
Se sua landing page demora 4 segundos pra carregar, metade das pessoas já fechou a aba. Se precisa rolar a página pra entender o que você faz, você já perdeu.
Regra dos 3 segundos: A pessoa abre sua página e em 3 segundos precisa responder:
O que é isso?
Como isso resolve meu problema?
Qual valor isso me gera?
Se não conseguir, simplifica. Menos texto, menos animações, menos enrolação.
Um headline claro + um subtítulo explicativo + um CTA óbvio + preço visível = 80% do que você precisa.
Minimalista não é estética, é respeito pelo tempo do usuário.
7. Botão de “Login com Google” é obrigatório. As pessoas têm preguiça de criar conta.
Fricção mata conversão.
Cada campo extra no seu formulário de cadastro é um motivo pra pessoa desistir. E pedir pra criar senha então? Esquece. Metade vai usar “123456” e a outra metade vai esquecer e pedir reset no dia seguinte.
Login social (Google, principalmente) reduz o atrito em 90%. A pessoa clica, autoriza, e já tá dentro. Sem inventar senha, sem confirmar email, sem enrolação.
“Ah, mas eu quero coletar mais dados no cadastro”. Coleta depois, quando a pessoa já criou uma conta. Primeiro deixa ela entrar fácil.
8. Fale mais com usuários do que com código. DM, email, ligação. Todos os dias.
Essa é provavelmente a dica mais importante dessa lista.
SaaS não é jogo de adivinhar o que o cliente quer. É conversa direta.
Todo dia você deveria estar mandando DM, respondendo email, ou melhor ainda, ligando pra usuário. Não só quando ele reclama. Liga pra quem acabou de assinar. Liga pra quem tá usando todo dia. Liga pra quem cancelou.
Perguntas que eu faço sempre:
O que te trouxe aqui?
Qual problema você tá tentando resolver?
O que tá confuso?
Qual sua expectativa com a ferramenta?
O que mais sente falta?
Essas conversas valem mais que qualquer analytics. Porque o usuário te diz não só o que ele fez, mas por que ele fez.
9. Precifica pelo valor que entrega, não pela concorrência
Esse é um erro que eu vejo direto: founder olha o preço da concorrência e faz “ah, vou cobrar 20% mais barato pra competir”.
WRONG!
Preço não é sobre quanto custa fazer, nem sobre quanto o concorrente cobra. É sobre quanto vale pra quem usa.
Se você economiza 10 horas por mês do seu cliente, e a hora dele vale R$ 100, você tá entregando R$ 1.000 de valor. Cobrar R$ 97/mês é barato.
Se você automatiza um processo que o cara gastava R$ 5k contratando duas pessoas, cobrar R$ 497/mês é barato.
Claro, tem que haver lógica. Mas pare de se submeter a guerra de preços. Seja mais caro e entregue mais valor. Cliente que só escolhe pelo preço mais baixo não é cliente que você quer - ele vai vazar na primeira promoção do concorrente.
10. Não copie a concorrência. Foque em resolver uma ou duas coisas muito bem e seja 10x nisso
Todo mundo conhece aquele SaaS que tenta fazer tudo. CRM + automação + email marketing + chat + analytics + AI...
E não faz nada bem.
A tentação de copiar toda feature da concorrência é enorme, mas é uma armadilha. Você vira mais do mesmo, só que menor e pior.
Faça o oposto: escolha UMA ou DUAS coisas que a concorrência faz meia-boca e seja absurdamente melhor nisso. 10x melhor. Tão melhor que vira meme :)
Exemplos: enquanto a concorrência tem relatório genérico, você cria relatórios ultra-customizáveis com IA. Ou, oferça um suporte incrível e personalizado. Por ex: enquanto eles têm suporte chatbot, você dá WhatsApp direto do founder.
Diferenciação não é ter mais features. É ter features e apoio que fazem o cliente falar “UAU, que fácil foi resolver meu problema”.
11. Seu único trabalho no onboarding é tirar todas as barreiras até o a-ha moment
A-ha moment é aquele momento onde o usuário entende o valor do seu produto. Ele usou, funcionou, e pensou “nossa, isso é útil mesmo”.
Todo o resto é ruído.
Muita gente enche o onboarding de explicações, tooltips, tutoriais em vídeo, tours guiados... E esquece que o usuário só quer uma coisa: ver se isso funciona pra ele.
Pergunte: qual o menor caminho entre “criar conta” e “ver valor”? Remova tudo que não é essencial nesse caminho.
Quanto mais rápido o usuário chega no a-ha moment, maior a chance dele virar cliente pagante e você retê-lo.
12. UX é mandatório em 2025. Boas experiências aumentam adoção e retenção
Deixa eu ser bem claro: aquele design feio, com botões confusos e carregamento lento? Não cola mais.
2020 você podia ter um SaaS funcional mas feio e vender bem. 2025, não. Experiência importa tanto quanto funcionalidade.
A real é que o usuário sempre vai comparar você com outras ferramentas. Produtos modernos, rápidos, bonitos e intuitivos. Se o seu SaaS parece que foi feito em 2010, ele vai parecer menos confiável - mesmo que funcione bem.
Isso não significa contratar designer caro. Significa:
Interface limpa e organizada
Ações óbvias (não precisa adivinhar onde clicar)
Feedback imediato (quando eu salvo, mostra que salvou)
Performance decente (carrega em menos de 2s)
Invista em UX. Use bibliotecas de componentes prontas (shadcn, Chakra UI, etc). Mas não lance com interface de 2010 achando que “depois a gente melhora”.
13. Tenha roadmaps públicos. Deixe as pessoas votarem nas principais funcionalidades
Essa é simples mas poderosa: compartilhe o que você tá construindo.
Crie um roadmap público (na foto estou usando o Dorable). Mostre o que tá em progresso, o que vem a seguir, o que tá em análise. E o mais importante: deixa a galera votar.
Isso faz três coisas:
Valida o roadmap - Se ninguém vota numa feature que você acha essencial, talvez ela não seja tão essencial assim
Engaja a comunidade - As pessoas sentem que estão construindo junto com você. Isso gera lealdade absurda
Reduz churn - Cliente que votou numa feature e vê ela sendo construída não cancela. Ele fica esperando
Transparência gera confiança. E confiança gera retenção.
Conclusão
São algumas coisas que aprendi ao longo dos últimos anos. E a realidade, é que construir SaaS é CHATO. Não tem hack. Não tem fórmula secreta. Não tem crescimento exponencial da noite pro dia.
É você, todos os dias, fazendo coisas que não escalam: conversando com usuário, ajustando produto, criando conteúdo, respondendo suporte, testando canal de aquisição.
Durante meses. Às vezes anos.
As 13 dicas acima não são atalhos. São jeitos de errar menos no caminho. Cada uma eu aprendi errando primeiro. Você vai errar também mas talvez erre diferente, e chegue mais rápido no que funciona.
Resumão:
Cobre cedo - Grátis valida curiosidade, pago valida negócio
Lance incompleto - MVP não é produto perfeito, é aprendizado rápido
Retenha obsessivamente - Cliente que fica vale 10x cliente novo
Marketing > Produto - Depois do MVP, sua prioridade é ser conhecido
Use o que constrói - Se você não usa, tá construindo pro mercado errado
Simplifique tudo - Conversão é sobre remover fricção, não adicionar features
Facilite o cadastro - Login social elimina 90% da fricção no signup
Converse todo dia - Código não fala, usuário fala
Precifique por valor - Não por custo, não por concorrência
Seja 10x em algo - Não 10% melhor em tudo
Onboarding até a-ha - Remova tudo que não leva a valor
UX é mesa stakes - Feio não vende mais em 2025
Construa em público - Roadmap aberto gera lealdade
Obrigado por ler até aqui! :)
P.S: Estamos com uma super oferta de vitalício nosso grupo Micro-SaaS PRO. Nosso grupo é ideal para quem está no estágio de validação e tração do seu SaaS.





Estou desenvolvendo um SaaS que vai levar 6 meses para ficar pronto. Mas vou colocar no ar em dois meses com apenas dois módulos. Esses dois módulos atende um determinado nicho e resolve uma pequena dor. Minha ideia é trazer usuário free durante esse período de desenvolvimento para ir usando a plataforma. Minha estratégia é ir entrando em contato com esses usuários para ir pegando feedback. Ai, quando eu fizer o lançamento, quero vender para esses usuários apenas. Depois começo o marketing. O que você acha da estratégia?