Um raro case de portfólio de Micro-SaaS de renda (quase) passiva
Um portfólio de 7 dígitos. Estudo de caso super divertido!
👋🏼 Bom te ver por aqui novamente :)
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🧠 Reflexão: O que é sucesso para você?
Poxa… vivo pensando sobre isso. O que é sucesso para mim?
A respostas muda quase toda semana.
Saúde é sucesso? Dinheiro? Autoridade? Família?
Essa busca incessante por “sucesso” (se é que podemos chamar assim) é responsável por grande parte da minha ansiedade, mas, se eu já tenho tudo que eu preciso, então, por que eu vivo ansioso em busca de mais?
Conclui que sucesso, para mim, é fazer o que me deixa feliz. Meu dia é dividido entre atividades que me deixam feliz, e atividades que não me deixam feliz.
O dia que eu puder fazer só as atividades que me deixam feliz, independentemente de quais sejam, eu serei uma pessoa de sucesso. Até lá, continuarei lutando.
E você, já sabe o que é sucesso para você?
Um raro case de portfólio de Micro-SaaS de renda passiva: o caso de Nihey Takizawa
O artigo de hoje é um estudo de caso de um empreendedor da Comunidade Privada de Micro-SaaS (500+ founders de SaaS crescendo juntos), que há 9 anos cresce seus projetos organicamente e de forma quase passiva.
Quero deixar uma breve reflexão sobre a mensagem do artigo.
É quase impossível ganhar dinheiro de forma passiva com Micro-SaaS. Trate este case como uma exceção, e não algo comum;
O segredo do sucesso está sempre nos nichos;
Os melhores projetos são simples;
Lançar Micro-SaaS internacional é mais fácil do que parece;
Sem marketing e vendas, um produto é somente um produto.
Este case está super bacana. Espero que curtam e tirem lições valiosas.
Quem é Nihey Takizawa?
Nihey, o “cara” do estudo de caso de hoje, conta que sua história com tecnologia já vem de longa data. Ele teve seu primeiro computador quando tinha 4 anos, lá em 1998. Adorava jogar. No geral, computador sempre foi uma coisa que curtiu muito.
Desde pequeno, adorava aprender a fazer coisas no computador. Ele tinha um tio que era engenheiro elétrico, e o ensinava a mexer no computador e jogar alguns jogos.
Com o passar dos anos, Nihey foi aperfeiçoando as suas habilidades com o computador, e se aprofundando no mundo da tecnologia. Uma das primeiras coisas que aprendeu com mais afinco foi montar scripts para jogos – por exemplo, fazia scrips para fazer bots para jogos de CS.
Na sua vida, uma coisa que sempre soube era que queria trabalhar com computador. Por isso, quando ficou mais velho, decidiu fazer faculdade de Ciência da Computação. Foi aí que finalmente começou a aprender a programar de verdade, e ter um contato mais sólido com este mundo tecnológico.
“Sempre achei fantástica a habilidade que os programadores têm de criar automações e sistemas que podem ajudar as pessoas.”
Empreendedorismo
Nihey adentrou no mundo do empreendedorismo cedo. Seu primeiro passo foi dado ainda quando estava na faculdade, especificamente quando uma colega sua o apresentou para o mundo das Startups. Foi nesse momento em que o empreendedor tentou montar sua primeira Startup.
Na época, Nihey chegou à conclusão de que esse mundo não era para ele. Ele achava que não se dava muito bem com os negócios. E, além disso, nem o seu sócio era muito bom em empreender. Nessa experiência, demoraram dois meses para montar um MVP, mas nunca conseguiram lançar o projeto no mercado. Resultado: o projeto acabou morrendo.
“A ideia era criar um sistema em que os designers poderiam enviar mock-ups de seu trabalho, e o cliente poderia dar feedbacks e aprovar. Hoje, essa solução é um FIGMA.”
Apesar de essa experiência não der dado certo, a realidade é que Nihey nunca parou de desenvolver seu side-projects (felizmente).
Os side-projects
Um dos side-projects de Nihey se chamava Start Wars intro creator, e sua ideia consistia em fazer uma abertura própria de Star Wars. Através do site, o usuário poderia digitar um texto, e fazer uma abertura personalizada de Star Wars, podendo, na sequência, compartilhá-la com seus amigos.
Nihey teve a brilhante ideia de compartilhar esse projeto no Reddit, e assim viralizou de forma inimaginável.
“Tinha gente que usava o site para fazer até convite de casamento. Outros, usavam para iniciar sessões de RPG. Era muito legal de ver.”
Depois, seguindo a mesma ideia do Start Wars intro creator, Nihey e seu sócio também fizeram a abertura de Stranger Things e de Breaking Bad. Todos foram sucesso, e viralizaram.
Nessa empreitada, Nihey refletiu sobre o seguinte:
“Por que não unificar todos esses projetos de baixo de uma única marca?”.
Foi assim que surgiu a sua empresa.
Sua holding de negócios - Kassel Labs
A Kassel Labs foi criada com o intuito de agregar todos os side-projects de Nihey. Isso porque, com o tempo, além das três vertentes de “aberturas” que já tinha (Star Wars, Stranger Things e Breaking Bad), foram surgindo dezenas de outras, como West World, Game of Thrones, The last of us, Among us, e por aí vai.
Foi nesse momento em que Nihey e seus sócios decidiram começar a monetizar, afinal, até então, o que ofereciam era gratuito. Sua ideia inicial foi passar a cobrar os usuários para baixarem os vídeos, já que essa atividade ainda não era cobrada.
De 2015 a 2022, a ferramenta cresceu de forma exponencial, e seu principal produto continua sendo, até hoje, o Start Wars intro creator. Para ter ideia da procura, a fila para usar o sistema chega a ter 20 mil pessoas por mês!
A sacada nesse negócio, para que eles não tivessem problemas com direitos autorais, foi não cobrar pelos vídeos, mas, cobrar pela ação de a pessoa “passar na frente da fila” para poder baixar o vídeo. Assim, eles não têm problemas nesse quesito burocrático.
“Tudo sempre foi 100% orgânico. Não tínhamos nem redes sociais.”
Nesse período de crescimento, o negócio de Nihey faturava, em média, um número de 7 dígitos por ano!
É claro que, nesse ritmo, surgiu mais Micro-SaaS na vida do empreendedor.
O segundo Micro-SaaS foi o Sheet Best
Dessa vez, Nihey se juntou com alguns amigos para construir uma software house. Nessa história, surgiu uma demanda, a partir de alguns clientes, de um sistema que fizesse a integração de planilhas.
“Todo mundo gosta de usar planilha. É um tipo de sistema que nunca vai sumir. Construímos para resolver nossa própria dor na época.”
Foi assim que surgiu o Sheet Best.
“Montamos o MVP em uma semana, e lançamos no Product Hunt.”
Nihey conta que, na época, já existiam mais de 5 produtos semelhantes no mercado. Contudo, a ideia deles era construir um produto pequeno, que atendesse bem os seus clientes, e que conseguisse trazer mais alguns. Suas expectativas não eram grandes.
No começo, o produto não teve muitas assinaturas. Eles ofereciam uma versão gratuita, e o problema era que as pessoas usavam essa versão toda hora.
“Não tínhamos nem plano com preço. Em tese, a pessoa poderia usar algumas requests de graça e, se quisesse mais, deveria pagar, mas o plano ficava tão escondido que ninguém conseguia pagar.”
Finalmente, depois de um mês rodando, o produto teve o seu primeiro cliente!
“A sorte é que o produto custava somente US$ 5 por mês, que era um VPS. Então, com 1 cliente, o custo já se pagava (hehe).”
E não é que, dois meses depois, já surgiu um interessado em comprar o código? A oferta foi de US$ 1k pelo projeto, mas, é claro, Nihey e os sócios acharam pouco. Na época, pensaram:
“Se, em tão pouco tempo, veio gente querendo comprar, vale a pena investir mais no projeto e fazer crescer, porque assim vai valer muito mais.”
Com isso, decidiram investir mais energia no projeto. Refizeram o site e o backend, e assim o produto começou a crescer de verdade, bastante e organicamente. Com um ano, estavam com um MRR de cerca de US$ 800.
Nesse projeto, nunca rodaram Ads, e o crescimento aconteceu realmente de forma orgânica, com postagens em redes sociais como Reddit, Hacker News, Indie Hackers, e outros.
“Nosso custo, na época, era de US$ 20. Raramente, recebiam um e-mail de suporte”.
E não é que receberam mais uma oferta de compra? Dessa vez, a oferta foi feita pela Xo.Capital. Com isso, resolveram vender o Sheet Best por US$ 35k.
A Xo.Capital é um Micro Private Equity.
Tenho um playbook completo sobre eles (em inglês).
O terceiro Micro-SaaS foi o VideoMatik
Com o sucesso no projeto do Star Wars, Nihey e seus sócios testaram construir outros produtos dentro da parceria. Uma das ideias foi criar uma ferramenta para automatizar a produção e a edição e vídeos.
“Nossa ideia era automatizar outros tipos de vídeos, não somente aberturas. Encontramos uma oportunidade dentro do After Effects, que dava para automatizar o processamento de peças vindo do Adobe After Effects”.
Foi assim que criaram um SaaS – uma API – e começaram a oferecer para alguns clientes. O projeto logo começou a tomar tração.
“Tivemos vários clientes de perfis diferentes, como palestrantes, Startups, entre outros. Foi uma experiência bem bacana”.
Seus clientes vinham de diversas fontes, como, por exemplo, eventos, mas, em sua grande maioria, apareciam a partir do networking e do boca-a-boca. Além disso, a produtora parceira também trazia interessados.
No fim das contas, esse projeto virou um serviço produtizado, já que envolve, também, outras ferramentas para além da produção do vídeo, como demandas de design, copy, entre outras.
Por ser um produto que tem demanda sazonal, os sócios decidiram não investir muita energia no projeto.
O quarto Micro-SaaS foi o Screenshotty – Um SaaS de API
Na história de Nihey, ainda existe mais Micro-SaaS.
O seu quarto negócio é um sistema que criou com objetivo de tirar um screenshoot de maneira automatizada. Resumidamente, uma API de screenshoot para sites.
“Em quase todo produto que montei, tive necessidade de tirar screenshoots de sites. É uma dor que eu já tinha bastante conhecimento”.
A ideia de Nihey foi “simples”: resolver uma própria dor e, provavelmente, resolver a dor que outras pessoas também possam ter.
“Peguei um tempo livre nos fins de semana, e montei uma estrutura que pudesse ser escalável, e que pudesse lidar com a demanda flutuante.”
O mais curioso nessa história é que sequer foi criado um site para o Micro-SaaS. A ferramenta basicamente foi criada e postada em um marketplace de API’s. A receita sempre foi orgânica. O marketplace fica com 20%, mas, em contrapartida, gerencia toda a parte de pagamentos, clientes, etc.
“Não preciso lidar com nada disso, só conectei no marketplace, e eles lidam com tudo. Para você ter ideia, eu nunca nem divulguei a ferramenta”.
É claro, considerando esse contexto, o projeto demorou um tempinho para pegar tração. Foi depois de uns 3 meses que Nihey teve o primeiro cliente no Screenshotty.
“Fiquei com um cliente pagando o plano mais básico de US$ 8 por mês por quase 1 ano. No fim do primeiro ano, veio um cliente B2B corporativo que representa 90% dos clientes, e traz uma receita significativa.”
Este projeto é super enxuto, e traz uma receita relativamente pequena, mas, o esforço de Nihey para fazer isso funcionar é quase inexistente.
O quinto Micro-SaaS – Sheet.API
O Sheet.API, quinto Micro-SaaS desenvolvido por Nihey, é uma ferramenta de integração de planilhas, parecida com o Sheet Best.
Esta é uma opção um pouco mais simples que o Sheet Best, e foi desenvolvida somente para lidar com planilhas Google Sheets, já que foi criada especificamente para atender a própria demanda de Nihey.
“Essa ferramenta ainda não tem nenhum cliente pagante, mas, já tem 20 usuários ativos a utilizando. O maior usuário do Sheet.API sou eu – faço 500 mil requisições por mês.”
Que momento Nihey vive hoje?
Atualmente, o empreendedor quer construir um portfólio de Micro-SaaS que possa o proporcionar um estilo de vida de nômade digital.
Pensando nisso, ele já está desenvolvendo mais 2 projetos novos para lançar no mercado. Todos os seus projetos cobram em dólares.
A principal característica dos seus projetos é: pouco esforço e baixa manutenção. Um portfólio de “quase” renda passiva de Micro-SaaS.
Parabéns Nihey!!
Obrigado por ler até aqui :)